54 anos da renúncia de Jânio Quadros

Durante toda a história política do Brasil, nós tivemos muitos presidentes que até hoje são lembrados pela sua importância, e dentre eles Jânio Quadros com certeza está entre um dos mais lembrados e falados. Até porque, não podemos esquecer de que é exatamente neste agora, em 2015,  que o ex- presidente do Brasil completa os seus exatos 54 anos desde a sua renúncia.

Portanto, neste artigo eu vamos contar um pouco de quem foi Quadros e ainda falar sobre a sua devida história na política. Confira tudo isso e muito mais agora mesmo:

Quem foi Jânio Quadros:

Jânio da Silva Quadros nasceu no dia 25 de janeiro de 1917 na cidade de São Paulo e morreu em 16 de fevereiro de 1992. Ele foi um importante político da história do Brasil e foi o vigésimo segundo presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961. Foi exatamente  nessa última data  que ele pediu sua devida renúncia. Em 1985 Quadros foi eleito o prefeito de São Paulo pelo governo do PTB, tomando posse apenas em 1.º de janeiro de 1986.

A renúncia:

 Foi exatamente no dia 21 de agosto de 1961 que Jânio Quadros assinou uma resolução que anulava todas as autorizações ilegais outorgadas a favor da empresa Hanna. Além disso, esse papel também buscava restituir as jazidas de ferro de Minas Gerais. Quatro dias depois desse contrato, os ministros militares resolveram pressionar o político para que ele enfim renunciasse. Sendo assim, Quadros resolveu fazer isso e ainda deixou uma carta, veja:

Fui vencido pela reação e, assim, deixo o Governo. Nestes sete meses, cumpri meu dever. Tenho-o cumprido, dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções nem rancores. Mas, baldaram-se os meus esforços para conduzir esta Nação pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, o único que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.

Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos, inclusive, do exterior. Forças terríveis levantam-se contra mim, e me intrigam ou infamam, até com a desculpa da colaboração. Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, e indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo, que não manteria a própria paz pública. Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes e para os operários, para a grande família do País, esta página de minha vida e da vida nacional. A mim, não falta a coragem da renúncia.

Saio com um agradecimento, e um apelo. O agradecimento, é aos companheiros que, comigo, lutaram e me sustentaram, dentro e fora do Governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade.

O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios para todos; de todos para cada um.

Somente, assim, seremos dignos deste País, e do Mundo.

Somente, assim, seremos dignos da nossa herança e da nossa predestinação cristã.

Retorno, agora, a meu trabalho de advogado e professor.

Trabalhemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria.

Brasília, 25-8-61.

 J. Quadros